O cérebro é um ente independente, inquieto e irresponsavelmente surpreendente. Muitos cérebros juntos sem propósito e norteadores claros são desconexos e despreparados, tornando seus objetivos exponencialmente vazios.
É isto que ocorre em muitas reuniões. Cérebro precisa disciplina e exercício. Não há nada mais entediante que saber que a próxima reunião será para decidir o que será discutido na reunião seguinte. Norteadores estratégicos e financeiros são os pilares para se conduzir uma agenda. Para onde vamos se nem sabemos aonde queremos chegar e talvez nem tampouco onde estamos? Pior ainda é uma reunião começar com uma agenda estratégica e terminar com uma discussão de quantas cadeiras devemos ter na sala de reuniões.
O cérebro provoca esta desordem de propósitos e norteadores porque ele não se contenta em focar, ele precisa inovar, mas também se mostrar único, exclusivo e ao mesmo tempo superior perante as demais massas cinzentas na mesma sala. E isto não é ruim, pelo contrário é fantástico.
Mas novamente, ele precisa de disciplina. Senão teremos não uma reunião, mas sim uma réplica do parlamento nacional onde todos falam com todos e com ninguém ao mesmo tempo e, para aquele que foi destinado o tempo para se pronunciar no púlpito naquele momento, se manifestar para o eco como se estivesse falando em uma sala vazia.
Muitas vezes nem este membro está ouvindo a si mesmo.
O cérebro é uma caixa cinzenta e imprevisível. Não passa recibos confiáveis. Registre as suas posições de forma clara e concisa. Certamente ninguém poderá dizer que você está com Alzheimer quando o tema retornar em uma nova reunião estratégica.