Ser protagonista e não coadjuvante é sempre o sonho de todo herdeiro.
Nem sempre é assim. Vários fatores interferem neste desejo. Entre eles
temos:
a. Interferência da geração antecedente: na realidade sempre é
cinzento o tempo de transição. Este tempo quando não estruturado
previamente, gera decisões precipitadas ou morosas. Em ambos os
casos isto acontece porque não estão claramente definidos os
norteadores que irão suportar a passagem de bastão. Chama-se
zona sombreada. Este período é caracterizado por incertezas não só
na família como também entre os colaboradores. Invariavelmente
os colaboradores mais antigos consultam a geração antecedente (e
esta permite) gerando ações paralelas e confusas.
b. Insegurança da geração sucessora: a necessidade de afirmação de
um novo líder empresarial muitas vezes é sucedida de tomadas de
decisões rápidas por instinto ou morosas para avaliar a insegurança.
A decisão de colegiado facilita a liderança e minimiza os erros.
Por isto o Conselho de Família e o Conselho de Administração são
fundamentais não só para suportar o período de transição com
regras claras bem como também suportar herdeiro e grupo
executivo no alinhamento dos norteadores estratégicos e
financeiros da organização.